sexta-feira, 21 de maio de 2010

Aconteceu por aí!

Faz tempo que não passo por aqui, mas não é porque desisti de mudar o mundo: é que o consultório anda pululando de gente em sofrimento, pacientes que têm ido 2 vezes por semana, e eu mesma, humana que sou, acabei tendo meus reveses.

Mas esta semana, uma amiga me relatou algo maravilhoso, que divido aqui com vocês.

Diz ela que foi em busca de um livro raríssimo, indicado por um amigo psiquiatra destes que só indicam bons livros. Ela finalmente achou o dito cujo no Mercado Livre, e lá veio por correio o livro, já amarelado, velhinho da silva, direto de um sebo online.

Ao chegar numa determinada página, a surpresa: um bilhete em meio às páginas do livro! O bilhete era antigo, a folha já estava fininha. Num dos lados do papel, indicações de corte e tecido, indicando o ofício do dono ou dona do livro, provavelmente costureira ou alfaiate. No verso, uma mensagem:

“Gostaria de dizer tudo aquilo que transmita todo um ser... real... e verdadeiro... O meu Eu... E dizer numas simples palavras o que você merece ouvir. Pena que eu não as possua.”

Que demais! Diz minha amiga que o livro se tornou muito mais especial pela mensagem que veio dentro. E é MUITO bacana pensar que alguém, há muito tempo atrás, tendo ou não consciência do que estava fazendo, acabou por deixar para um completo estranho uma mensagem positiva. Afinal, essa pessoa queria dizer tudo o que transmitisse um ser, o Eu real, tudo o que é merecido ouvir.

Mas talvez esta pessoa, sem saber, tenha deixado a mais importante lição: isso tudo não se encontra facilmente em palavras. Mas, definitivamente, deixou que encontrassem em seu gesto.